Apresentar a estrutura geral do parágrafo e suas estratégias de escrita e leitura.
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
Quando nos deparamos com textos escritos nos dias de hoje, temos dificuldade para imaginar o longo percurso evolutivo que a escrita seguiu até chegar à sua forma atual. Na Grécia Antiga, os manuscritos não apresentavam separação gráfica entre as palavras, e os próprios sinais de pontuação levaram algum tempo até se tornarem recursos expressivos sistemáticos. A esse respeito, é importante dizer que o primeiro sinal de pontuação de que se tem registro na história da escrita é o parágrafo, que, no entanto, tinha uma forma bem diferente na sua origem. Nos seus primórdios, o parágrafo consistia em um simples traço horizontal que marcava o fim de uma seção de texto (capítulo ou subcapítulo), recebendo o nome de para graphos ("escrito à margem", em grego).
Hoje em dia, o parágrafo é um dos recursos de pontuação mais importantes na composição de um texto, facilitando o processo de leitura porque organiza de forma clara e separa em blocos lógicos as informações. No entanto, muitos alunos encontram dificuldades na hora de organizar suas ideias em parágrafos, pois não sabem como relacioná-las de forma clara, ordená-las logicamente ou dividi-las em diferentes parágrafos. Para começarmos a pensar um pouco sobre essas questões, realize a atividade a seguir:
Responda estas perguntas a partir do texto que se lhes segue:
1.1. O texto I, que mostraremos logo a seguir, é composto por quatro parágrafos, que dividem em blocos lógicos as informações apresentadas e facilitam a leitura. Para que um texto seja interpretado e compreendido de forma satisfatória, é importante que o leitor seja capaz de, ao final da leitura de cada parágrafo, abstrair sua ideia geral, em torno da qual as demais se articulam. Vamos treinar fazer isso? Veja, então, os desafios que formulamos:
1.2. Levando em consideração o gênero discursivo e o canal (a Internet) em que foi divulgado o texto I, comente a extensão e a delimitação de seus parágrafos.
Entendidas por especialistas e educadores como ferramentas essenciais e indispensáveis na era da comunicação, as novas tecnologias ganham espaço efetivo nas salas de aula. Computadores ligados à internet, software de criação de sites, televisão a cabo, sistema de rádio e jogos eletrônicos. Estas são algumas das possibilidades existentes e que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos facilitadores do aprendizado.
Entretanto, apesar de muitas escolas possuírem estas tecnologias, as mesmas não são utilizadas como deveriam, ficando muitas vezes trancadas em salas isoladas e longe do manuseio de alunos e professores. Existem, segundo estudos recentes, professores e escolas que não conseguem interligar estes instrumentos às atividades regulares.
De acordo com o pedagogo Arnaud Soares de Lima Júnior, “o acesso às redes digitais de comunicação e informação é importante para o funcionamento e o desenvolvimento de qualquer instituição social, especialmente para a educação, que lida diretamente com a formação humana”. No entanto, ele ressalta que os modos de viver e de pensar a organização da vida estão em crise. Está em curso uma mudança qualitativa, em virtude da rápida transmissão de informações entre as sociedades, rompendo, com isso, as barreiras geográficas dos países.
“Por isso, cabe à educação uma parcela de responsabilidade tanto na compreensão crítica do(s) significado(s) desta transformação, quanto na formação dos indivíduos e grupos sociais. Estes devem assumir com responsabilidade a condução social de tal virada, provocada, entre outros fatores, pela revolução nas dinâmicas sociais de comunicação e de processamento de informação”, analisa Arnaud.
Ao resolver a atividade 1, você elaborou um resumo do texto com que trabalhava, pois sintetizou a ideia principal de cada parágrafo e determinou como elas se conectam entre si. Ainda que nem sempre, ao ler um texto, você elabore um resumo escrito dele, mentalmente você reproduz os mesmos procedimentos de raciocínio que enfocamos na atividade anterior: resumir e relacionar. Assim, para que um parágrafo seja claro para o leitor e torne mais eficiente a comunicação (lembre-se de que, na maioria das vezes, o autor do texto não está fisicamente próximo do leitor para sanar-lhe eventuais dúvidas), há algumas estruturas que podem ser seguidas, facilitando essas operações mentais de síntese e relação. Vale lembrar, no entanto, que destacamos o verbo "podem" na frase anterior porque a pontuação e, consequentemente, a paragrafação não seguem regras absolutas. Na verdade, trata-se de alguns dos aspectos mais subjetivos da escrita, pois refletem a forma como o autor organiza em sua mente o conteúdo que deseja comunicar.
Quando você for escrever seu próximo texto, deve levar em conta que é preciso dividir as informações apresentadas em partes relativamente autônomas, mas que se relacionam entre si: os parágrafos. Cada uma dessas partes deve constituir em si mesma um pequeno texto, apresentando uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Lembre-se de que, se seu leitor precisar fazer uma pausa durante a leitura, preferencialmente o fará entre dois parágrafos, não no interior de um deles, de modo a acompanhar a exposição de determinado ponto até o final. Para compreender melhor se duas informações deveriam formar um único ou dois parágrafos, observe o trecho a seguir, retirado de uma notícia veiculada na Internet.
Após 42 dias, tumores de camundongos tiveram reversão completa. Trabalho já dura 6 anos e também extrai anticoagulante da substância.
Da saliva do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), a ciência conhece apenas os efeitos nocivos. A febre maculosa, doença muitas vezes fatal, é transmitida pela picada do aracnídeo. Da mesma substância, porém, podem sair novos medicamentos contra o câncer, além de anticoagulantes. Há seis anos, pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, trabalham no desenvolvimento de uma droga que possa ser utilizada com as duas finalidades. O prognóstico é animador.
A pesquisa – ainda não publicada – foi um dos destaques no 22º Congresso Internacional da Sociedade de Trombose e Hemostasia, realizado em Boston (EUA), em julho. “Imaginávamos que a saliva do carrapato tivesse algum componente que inibe a coagulação, pois, como hematófago, precisa manter o sangue fluindo para se alimentar”, explica a farmacêutica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, coordenadora do estudo.
Partindo dessa suspeita, a pesquisadora analisou a sequência de genes da glândula salivar do carrapato, responsável pela produção de uma proteína anticoagulante. Os resultados foram comparados à ação de anticoagulantes conhecidos como TFPI (presentes na saliva humana). A conclusão foi que a proteína presente na saliva poderia ser produzida em laboratório. Um pedaço do DNA analisado foi introduzido em bactérias Escherichia coli que passaram a secretar a mesma proteína. “Elegemos esse clone e produzimos a proteína recombinante”, explica Ana Marisa.
O resultado do estudo transformou-se em um pedido de patente, depositado em 2004, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). No entanto, em pouco tempo, Ana Marisa descobriu que a pesquisa renderia mais do que um futuro anticoagulante.
Tratando-se de um texto coeso e coerente, é natural que todos os parágrafos, de alguma forma, abordem ideias semelhantes, mas a separação entre eles é um reflexo da delimitação das diferentes abordagens que essas ideias podem receber. Assim, embora todo o texto que citamos gire em torno das pesquisas sobre a saliva do carrapato-estrela, cada um dos seus parágrafos apresenta diferentes aspectos sobre essas investigações científicas.
Nesse caso, o primeiro parágrafo do texto introduziu o que os cientistas sabiam antigamente e o que já conhecem hoje sobre o pequeno aracnídeo. Logo depois, o segundo parágrafo revela um outro enfoque do assunto, apresentando a hipótese inicial dos integrantes do projeto. Em seguida, o terceiro parágrafo relata a metodologia da pesquisa empregada para que se chegasse a determinados resultados. Veja, no entanto, que o autor do texto optou por separar o segundo e o terceiro parágrafo, provavelmente para evitar um bloco de informações demasiado longo. Se olharmos estritamente para o conteúdo de cada um dos parágrafos, veremos que o segundo e o terceiro poderiam ter sido fundidos, formando uma unidade maior, visto que a última frase do segundo é o que dá ensejo à exposição do terceiro. Porém, ao dividir essas informações em dois parágrafos, o autor assegurou que o leitor interpretasse ambos os dados - a hipótese e a metodologia - como importantes. Por fim, o quarto parágrafo indica o sucesso das pesquisas e a existência de posteriores desdobramentos de suas descobertas.
Perceba, pois, que a divisão em parágrafos, além de organizar o texto, dá pistas para a forma como o leitor deve compreender suas informações, entendo-as ora como unidades autônomas e centrais ora como unidades dependentes e periféricas. Além disso, ao definir em que ponto do texto precisa haver uma mudança de parágrafos, é importante que você considere o gênero textual em que está escrevendo, visto que diferentes gêneros apresentam distintas características formais, como você viu na aula anterior. O texto "Pesquisa do Instituto Butantan usa saliva de carrapato-estrela contra câncer", por exemplo, enquadra-se no gênero notícia, escrito para informar de modo simples e rápido leitores não especializados acerca de determinado assunto. Dessa maneira, seu autor optou por parágrafos mais curtos e diretos, que dão agilidade à leitura e facilitam a decodificação das informações, embora de forma superficial.
Por outro lado, caso se tratasse de artigo sobre a pesquisa com os carrapatos-estrela, a ser apresentado à comunidade acadêmica, seria necessária uma exposição mais aprofundada das questões envolvidas nesse estudo. Assim, se a notícia apenas expôs as informações da pesquisa, o artigo científico teria de apresentá-las, justificá-las e discuti-las, o que exigiria parágrafos mais longos e "carregados" de informação.
Na seção anterior, você viu que a divisão de parágrafos, bem como sua extensão, é norteada por variados critérios, mas o mais importante deles é sempre a clareza do texto. Agora, você vai conhecer a estrutura geral que os parágrafos costumam apresentar, facilitando o processo não só de escrita, mas também de leitura. Para tanto, leia atentamente o trecho (adaptado) logo a seguir, retirado do artigo "A insustentável leveza da complexidade", de Marcos Silveira Buckeridge.
O conhecimento científico que é dado nas escolas é baseado principalmente em explicações lineares. Por exemplo, a terceira lei de Newton, que conhecemos como o principio de ação e reação, diz que a toda ação corresponde uma reação igual e contrária. Não se dá ênfase a eventos não-lineares em que uma pequena modificação gera um grande efeito, como a hipotética formação de furacões a partir do bater das asas de uma borboleta, um cenário clássico previsto no famoso efeito borboleta dentro da Teoria do Caos (SOUZA e BUCKENRIDGE, 2004). O aquecimento global é fruto de uma série de fatores naturais e produzidos pelo homem que interagem de maneira não-linear, por isso as pessoas têm dificuldade em entendê-lo.
O resultado dessa situação é que, ao ler um artigo, assistir a uma reportagem ou a um documentário, o esforço para tentar compreender os mecanismos de complexidade envolvidos nas mudanças climáticas é tão grande que não vale a pena prosseguir nessa tarefa. Ao desistir de entender um fenômeno, a mente simplesmente não liga o que acaba de ler ou ouvir a um contexto maior. Provavelmente é daí que surge um processo de negação da realidade no âmbito pessoal. Se imaginarmos que toda a sociedade tem que trabalhar duro para viver com mil afazeres diários, entendemos o fenômeno chamado de negação coletiva.
Não se trata de algo que ocorra por preguiça do indivíduo, mas um processo de saturação de informações que dificulta o processamento destas, dificultando tão fortemente a compreensão de um fenômeno ou processo, que a pessoa não consegue ir adiante (NICHOLSON-COLE, 2005; NORGAARD, 2003; THOMAS, 2006). Professores podem experimentar a o processo de negação em situações em que apresentam aos seus alunos um grande número de conceitos novos de uma única vez. Por exemplo, se tentarmos explicar a mecânica quântica a uma classe com crianças de 10 anos de idade, usando conceitos sofisticados, compreendidos com dificuldade em um curso de graduação. A negação coletiva é este mesmo fenômeno, que pode ocorrer com vários indivíduos da população, evitando que determinados conceitos sejam compreendidos durante algum tempo (THOMAS, 2006).
No trecho mostrado, o autor apresenta uma hipótese para justificar a dificuldade que muitos indivíduos têm de compreender a problemática do aquecimento global. Cada um dos seus parágrafos expõe diferentes informações sobre o mesmo tema geral, mas há um padrão estrutural neles que você pode seguir ao escrever. Para isso, observe novamente o primeiro parágrafo, atentando agora para as informações em destaque:
O conhecimento científico que é dado nas escolas é baseado principalmente em explicações lineares. Por exemplo, a terceira lei de Newton, que conhecemos como o principio de ação e reação, diz que a toda ação corresponde uma reação igual e contrária. Não se dá ênfase a eventos não-lineares em que uma pequena modificação gera um grande efeito, como a hipotética formação de furacões a partir do bater das asas de uma borboleta, um cenário clássico previsto no famoso efeito borboleta dentro da Teoria do Caos (SOUZA e BUCKENRIDGE, 2004). O aquecimento global é fruto de uma série de fatores naturais e produzidos pelo homem que interagem de maneira não-linear, por isso as pessoas têm dificuldade em entendê-lo.
A frase em destaque no excerto que acabamos de citar resume a ideia geral em torno da qual se estrutura o parágrafo. Veja que as demais funcionam apenas como introdução ou justificativas para ela, preparando o leitor para a conclusão expressa no último período. Chamamos de tópico frasal essa frase que sintetiza a ideia central de cada parágrafo, servindo como guia tanto para quem lê quanto para quem escreve.
Perceba, porém, que nem sempre o tópico frasal é o último período do parágrafo, podendo aparecer em outras posições. Leia, então, o segundo parágrafo do trecho retirado do artigo "A insustentável leveza da complexidade". Novamente, atente para as informações destacadas em itálico.
O resultado dessa situação é que, ao ler um artigo, assistir a uma reportagem ou a um documentário, o esforço para tentar compreender os mecanismos de complexidade envolvidos nas mudanças climáticas é tão grande que não vale a pena prosseguir nessa tarefa. Ao desistir de entender um fenômeno, a mente simplesmente não liga o que acaba de ler ou ouvir a um contexto maior. Provavelmente é daí que surge um processo de negação da realidade no âmbito pessoal. Se imaginarmos que toda a sociedade tem que trabalhar duro para viver com mil afazeres diários, entendemos o fenômeno chamado de negação coletiva.
No trecho citado, o parágrafo foi iniciado com o tópico frasal, que delimita a informação central a ser discutida nesse bloco: a complexidade do raciocínio não-linear envolvido na compreensão dos fenômenos climáticos, que desestimula a reflexão sobre o assunto. As frases subsequentes dão exemplos ou reafirmam o tópico frasal, expandindo suas informações, mas sempre se remetendo a ele.
Veja, agora, mais um exemplo, analisando o último parágrafo do trecho retirado do artigo "A insustentável leveza da complexidade":
Não se trata de algo que ocorra por preguiça do indivíduo, mas um processo de saturação de informações que dificulta o processamento destas, dificultando tão fortemente a compreensão de um fenômeno ou processo, que a pessoa não consegue ir adiante (NICHOLSON-COLE, 2005; NORGAARD, 2003; THOMAS, 2006). Professores podem experimentar a o processo de negação em situações em que apresentam aos seus alunos um grande número de conceitos novos de uma única vez. Por exemplo, se tentarmos explicar a mecânica quântica a uma classe com crianças de 10 anos de idade, usando conceitos sofisticados, compreendidos com dificuldade em um curso de graduação. A negação coletiva é este mesmo fenômeno, que pode ocorrer com vários indivíduos da população, evitando que determinados conceitos sejam compreendidos durante algum tempo (THOMAS, 2006).
Mais uma vez, o autor do parágrafo apresentado resolveu iniciá-lo com o tópico frasal, o qual mostra que a dificuldade de compreensão dos fenômenos climáticos não se deve à preguiça das pessoas, mas à saturação de informações que sua complexidade pode acarretar. Os demais períodos dão exemplos ou arrematam uma conclusão ao tópico frasal, sempre a ele remetendo.
Posicionar o tópico frasal no início do parágrafo, embora não seja obrigatório, é um procedimento muito comum, visto que ajuda o autor a não se perder na exposição dos fatos. Para tanto, basta pensar se cada uma das frases subsequentes se relaciona diretamente com o primeiro período, que contém a ideia geral. Caso alguma frase não esteja diretamente ligada a ele, deve integrar um novo parágrafo.
Ainda a respeito do tópico frasal, é preciso lembrar que, em textos acadêmicos, dificilmente se escrevem parágrafos que contenham apenas uma frase. Um parágrafo com só um período seria formado apenas pelo tópico frasal, faltando-lhe as posteriores frases de desenvolvimento do tópico. Embora tal recurso seja frequente em notícias e alguns gêneros narrativos, é pouco comum na escrita acadêmica, pois essa esfera comunicativa exige textos cujas informações sejam não só superficialmente abordadas, mas justificadas, exemplificadas e discutidas, o que demanda parágrafos mais longos.
No entanto, vale ressaltar que um parágrafo mais longo não é necessariamente composto por uma frase mais longa, mas sim por mais frases. Muitos alunos se confundem, ao redigirem um texto acadêmico, tentando apresentar, justificar, exemplificar e discutir suas hipóteses em uma única frase. Caso ache necessário, agrupe algumas dessas informações em um mesmo parágrafo, mas segmente-as em frases distintas, para facilitar a leitura.
2.1. Leia o texto a seguir e sublinhe tópico frasal de cada um dos parágrafos do texto.
SÃO PAULO. Um estudo feito na Universidade Federal Fluminense (UFF) compara a crise aérea americana com a brasileira e conclui que a concorrência predatória e o duopólio das companhias aéreas, causados por falta de comando do governo, estão na base do apagão aéreo. O estudo, desenvolvido pelo especialista Gustavo Cunha Mello, indica que as falhas sistêmicas, mesmo com as dificuldades de infraestrutura dos aeroportos, podem ser corrigidas apenas com medidas políticas, como as prometidas pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim: — Não aposto no catastrofismo.
Não precisamos ficar quatro anos no caos enquanto fazem obras. Temos ótimos aeroportos, como o Tom Jobim, que atua 45% abaixo de sua capacidade, e não os usamos, ao mesmo tempo em que Congonhas ficou 54% acima de sua capacidade. O problema é que, no Brasil, quem tem feito a gestão são as empresas apenas. Nos Estados Unidos, a agência reguladora faz.
Em seu estudo, Mello mostra que os Estados Unidos sofreram uma estagnação no setor em 1981, inclusive com greve de controladores de voo, depois que, em 1978, o Congresso promulgou o “Airline Deregulation Act”. Assim, abriu o mercado para novas empresas, processo semelhante ao brasileiro, inclusive com falência de empresas tradicionais, como Panam e TWA.
O modo como você organiza seu texto é determinado, em parte, por seus objetivos comunicativos e em parte pelo modo como você percebe as necessidades do seu interlocutor. O leitor espera que seu texto contenha uma parte central e outras partes periféricas. Como autor, você orienta o leitor para que interprete certos segmentos do texto como centrais, e os demais como periféricos, pois identificamos mais prontamente as entidades que se apresentam em figura, em primeiro plano, bem recortadas e focalizadas, em oposição a tudo o mais, que passa a ser percebido como pano de fundo, ou cenário.
É na narrativa que tal oposição se mostra mais explícita. Constitui-se em figura a porção do texto narrativo que apresenta a sequência temporal de eventos ocorridos, concluídos, pontuais, afirmativos, sob a responsabilidade de um agente intencional. Em fundo, incluem-se as descrições de estados, circunstâncias de tempo, de modo, de finalidade ou de comentários avaliativos, bem como de ações que concorrem com as sequências de ações da figura. Na descrição e na argumentação, a figura é anunciada através de mecanismos como opção pelas orações principais, pela ordenação vocabular (figura tende a vir em primeiro lugar, fundo em segundo) e pela presença de mecanismos de destaque, com expressões como “sobretudo”, “destaca-se”, “em primeiro lugar”. O fundo opera como âncora para a figura, que contém a informação nuclear. Portanto, o processo de produção da informação é desigual: as porções nucleares precisam de suporte e, portanto, ancoram-se em porções de fundo.
Na prática, as orações principais se constituem como figura, enquanto as subordinadas se caracterizam como fundo. O equilíbrio na distribuição das construções de figura, em face de fundo, contribui para a elegância, leveza e legibilidade do documento. Precisamos localizar a informação nuclear de forma rápida e segura e, para isso, o processo de sua ancoragem em construções de fundo desempenha um papel crítico.
Esses conceitos vêm da psicologia da Gestalt, segundo a qual nossa percepção do mundo é orientada por uma série de operações que distinguem figura e fundo o tempo inteiro. Para mostrar como nossa percepção muda dependendo do que consideramos figura ou fundo, há vários desenhos famosos, dentre os quais este aqui:
Nos EUA, o mercado é regulado por agência, mas, com a entrada de sua agência, a FAA, o mercado foi completamente regulado. A malha é dividida entre empresas regionais e nacionais, ao contrário da brasileira, e os lucros são menores e mais bem divididos: — Aqui, as nacionais, como TAM e Gol, operam também em linhas regionais, que dão prejuízos, mas ficam para garantirem a predominância do mercado, destruindo as empresas regionais.
As grandes não têm frotas nem tripulação suficientes para operações regionais e nacionais e acabam causando panes frequentes e outros problemas. Tudo porque as grandes querem engolir as pequenas. E ninguém regula isso. Fazem os hubs (centros de conexões) onde não poderiam, como em Congonhas.
(...)
Tão importante quanto delimitar o tópico frasal enquanto você escreve ou lê é reconhecer a relação que as frases subsequentes mantêm com ele, a fim de desenvolvê-lo. Para compreender que diferentes estratégias podem ser usadas para desenvolver o tópico frasal, vamos analisar alguns parágrafos de “Darwin: avançado para sua época, mas influente até hoje” (adaptado), notícia veiculada na Internet e redigida por Nicholas Wade. Com o objetivo de facilitar nossa análise, intercalamos os parágrafos do texto com nossas explicações, além de destacarmos os tópicos frasais em negrito.
Darwin: avançado para sua época, mas influente até hoje
A teoria da evolução, de Darwin, se tornou a pedra fundamental da biologia moderna.Porém, durante grande parte da existência dessa teoria, nascida em 1859, até mesmo biólogos a ignoraram ou a negaram veementemente, em todo ou em parte. (...) O fato de os biologistas terem levado quase meio século para entender a visão de Darwin corretamente é, por si só, uma testemunha de sua mente extraordinária.
Nesse primeiro momento, o autor optou por posicionar o tópico frasal da forma mais simples: no início do parágrafo. Como já vimos, essa opção torna o fluxo do pensamento mais claro e direto, agilizando a leitura e a escrita. Além disso, o autor desenvolveu a ideia apresentada no tópico frasal por meio de um contraste, isto é, apresentando informações que se opõem ao tópico. Veja que ao atual reconhecimento das teorias de Darwin, expresso no primeiro período, opõe-se à inicial reação negativa da comunidade científica, o que se percebe nas frases subsequentes do parágrafo. Vale ressaltar que a palavra que relacionou essas ideias opostas foi o conectivo “porém”, que carrega em si a noção de antagonismo (na próxima unidade deste material, dedicada à Coesão Textual, estudaremos aprofundadamente tais mecanismos linguísticos que conectam as partes do texto).
Passemos, então, ao próximo parágrafo da notícia:
Como Darwin pôde ser tão avançado em relação à sua época? Por que os biólogos foram tão lentos para entender que Darwin havia oferecido a resposta correta para tantas questões essenciais? Historiadores da ciência observaram várias características distintivas da abordagem de Darwin em relação à ciência que, além de geniais, foram responsáveis por suas ideias. Eles também apontam vários critérios não-científicos que funcionavam como bloqueios mentais, dificultando a aceitação das ideias de Darwin pelos biólogos.
Diferente do anterior, este parágrafo não se inicia, mas se conclui, com o tópico frasal. Em vez de enunciar logo de início a ideia principal, o autor optou por introduzi-la por meio de questionamentos, que instigam a curiosidade do leitor e convidam-no a levantar hipóteses sobre o desenrolar do texto. Essa é uma estratégia muito comum em parágrafos de introdução, visto que convida o leitor a refletir brevemente sobre as questões que serão expostas ao longo do texto. No entanto, é preciso que você não descuide dessas perguntas, respondendo a elas em algum momento oportuno em seu texto.
Leia, agora, mais um parágrafo da mesma notícia:
Uma das vantagens de Darwin é que ele não teve de escrever propostas para bolsas de pesquisa ou publicar 15 artigos por ano. Ele pensou profundamente sobre cada detalhe de sua teoria por mais de 20 anos antes de publicar "A Origem das Espécies", em 1859, e por 12 anos mais, antes de sua sequência, "The Descent of Man", que abordava como sua teoria era aplicada ao ser humano.
O parágrafo citado, ao dar continuidade ao anterior, propõe uma possível resposta à indagação sobre os motivos do sucesso de Darwin. Tal resposta, presente no tópico frasal, revela que uma das possíveis causas do êxito de Darwin repousa na liberdade de pensamento de que gozava, não sofrendo pressões acadêmicas. A frase que sucede o tópico frasal, nesse caso, expande-o acrescentando-lhe uma conclusão: graças à inexistência de pressões institucionais, o evolucionista inglês pôde se dedicar por tanto tempo, de forma exclusiva, às suas pesquisas e à redação de seus mais famosos livros.
Embora nem todo parágrafo precise apresentar uma conclusão, esse é um recurso interessante antes de se passar a uma ideia radicalmente diferente, pois assegura unidade ao texto e reforça o fato de que cada parágrafo deve funcionar, no fundo, como um pequeno texto.
Vamos passar à análise de mais um parágrafo, então:
Darwin trouxe inúmeras virtudes intelectuais para a tarefa: em vez de varrer objeções a sua teoria, ele refletia sobre ela obsessivamente, até descobrir uma solução. Ornamentos masculinos chamativos, como as plumas do pavão, eram aparentemente difíceis de serem explicados pela seleção natural, pois pareciam mais um defeito do que uma ajuda à sobrevivência. "Sempre que vejo uma pluma no pavão, fico doente", escreveu Darwin. Porém, de tanto se preocupar com a questão, ele desenvolveu a ideia da seleção sexual, de que fêmeas escolhem machos com os melhores ornamentos, e por isso os machos mais elegantes dão mais crias.
A ideia central do parágrafo que citamos, expressa logo na primeira frase, revela uma qualidade intelectual de Darwin: a coragem de enfrentar as objeções à sua teoria, em vez de simplesmente ignorá-las. Para sustentar essa posição sobre o cientista, o autor do texto teve de apresentar um exemplo concreto de situação em que essa qualidade darwiniana foi posta à prova: a discussão sobre as plumas do pavão.
Parágrafos cujo tópico frasal é expandido por exemplificações são comuns em textos argumentativos, pois apresentar exemplos é uma forma eficiente de provar um ponto de vista acerca de algo. Nesse caso, vale lembrar que o autor do texto poderia ter tornado ainda mais evidente essa opção de desenvolvimento da frase-tópico, caso tivesse empregado conectivos que expressam claramente a ideia de exemplificação, como “a saber”, “por exemplo”, “como” etc.
Veja, a seguir, mais um parágrafo cujo tópico frasal foi expandido por exemplificação, agora atentando também para o conectivo que explicita essa relação entre o período inicial e as frases subsequentes.
A ideia de Darwin sobre a evolução não era somente profunda, mas também muito ampla. Ele se interessava, por exemplo, por fósseis, criação de animais, distribuição geográfica, anatomia e plantas. "Essa visão bastante abrangente o permitiu enxergar coisas que talvez os outros não tenham visto", afirma Robert J. Richards, historiador da Universidade de Chicago. "Ele tinha tanta certeza de suas ideias centrais – a transmutação das espécies e a seleção natural – que ele teve de encontrar uma forma de juntar tudo isso".
Dando continuidade aos parágrafos da notícia, originalmente em série mas aqui separados apenas para fins didáticos, vejamos agora o trecho a seguir:
Da perspectiva atual, os principais conceitos de Darwin estão substancialmente corretos.Ele não acertou tudo. Por não conhecer as placas tectônicas, os comentários dele sobre a distribuição das espécies não são muito úteis. Sua teoria sobre hereditariedade, já que ele não conhecia a genética ou o DNA, também não vem ao caso. No entanto, seus conceitos centrais sobre seleção natural e sexual estavam corretos. Ele também apresentou uma forma de seleção em nível grupal que foi durante muito tempo descartada, mas agora tem defensores como os biólogos E.O. Wilson and David Sloan Wilson.
Novamente, o parágrafo se inicia com o tópico frasal, que apresenta uma visão positiva dos resultados obtidos por Darwin em suas pesquisas. No entanto, as demais frases apresentam ressalvasa essa afirmativa, relativizando-a. O desenvolvimento desse parágrafo mostra que, apesar de os principais conceitos darwinianos estarem substancialmente corretos, alguns já se entenderiam por ultrapassados ou incorretos. Tal relação de contraste entre o tópico frasal e as frases subsequentes poderia ter sido explicitada por conectivos como “no entanto”, entretanto”, “porém”, “todavia”, “mas, “contudo” etc.
Por fim, vejamos mais uma possibilidade de desenvolvimento de tópico frasal no caso a seguir:
Darwin não estava apenas correto em relação às premissas centrais de sua teoria.Suas visões prevalecem em várias outras questões ainda em aberto. Sua ideia sobre como novas espécies se formam foi ofuscada durante muito tempo pela visão de Ernst Mayr de que uma barreira reprodutiva, como uma montanha, força uma espécie a se dividir. Porém, inúmeros biólogos agora estão retornando à ideia de Darwin de que a especiação ocorre mais frequentemente através da competição em espaços abertos, diz Richards.
No parágrafo citado, o tópico frasal faz uma breve afirmativa que carece de complemento dado pelas frases subsequentes. A expressão “não apenas” indica que haverá, a seguir, a adição de novas ideias em relação à anterior. Dessa forma, somam-se outros acertos à teoria de Darwin, além das “premissas centrais de sua teoria”. Em parágrafos de cunho enumerativo ou descritivo, em que se arrolam muitas informações que não carecem de maior aprofundamento, esta é uma estratégia textual muito produtiva.
Essa análise poderia se estender por todos os outros parágrafos desse texto, ou mesmo de qualquer outro texto. Afinal, além dos casos mostrados, há muitas outras possibilidades de desenvolvimento do tópico frasal. Na verdade, muitos parágrafos misturam essas técnicas, pois, como já vimos, as estruturas aqui estudadas não são regras inflexíveis, mas sim mecanismos que você precisa conhecer para poder utilizar, combinar ou mesmo subverter, de acordo com a situação de comunicação e sua intencionalidade discursiva.
A seguir, propomos alguns períodos que poderiam ser utilizados como tópicos frasais em textos seus. Leia-os atentamente e escreva parágrafos iniciados com esses tópicos, acrescentando-lhes frases de suporte.
3.1. O uso das novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs) pode potencializar o aprendizado.
Para realizar esta atividade, talvez seja interessante, primeiro, pesquisar um pouco a respeito das questões a que se referem os tópicos a seguir. A fim de incentivar a leitura e a pesquisa, sugerimos uma consulta ao seguinte artigo acadêmico, disponível na Internet, para a realização da atividade 3:
www.abed.org.br3.2. A educação a distância (EAD) envolve, ao mesmo tempo, a autonomia dos alunos e a interação entre eles e com o professor.
3.3. A EAD faz com que o professor reconsidere seu papel, trocando a posição de instrutor pela de mediador.
3.4. Na EAD, o processo de construção do conhecimento ocorre de forma diferente do que na educação tradicional.
Responda a estas perguntas com base no texto que se lhes segue:
4.1. Uma mesma imagem é apresentada no primeiro e no último parágrafo do texto, garantindo-lhe unidade. Essa é uma boa dica na hora de escrever seus textos: tente alinhar introdução e conclusão, de modo que esta de alguma forma se relacione diretamente com aquela, ora respondendo a alguma pergunta do primeiro parágrafo, ora reafirmando alguma assertiva, ora revisitando uma imagem impactante. No caso do texto que vamos citar, identifique que imagem do primeiro parágrafo está também presente no último e diga como ela se relaciona com o tema do texto.
4.2. Sublinhe o tópico frasal de cada um dos parágrafos do texto em questão. A seguir, indique como as frases subsequentes de desenvolvimento se relacionam com esses tópicos (por exemplificação, contraste, causa, consequência, adição, enumeração etc.)
Se já não bastassem a expressiva geração de lixo e o fato de não haver um sistema de destinação ambientalmente adequado, privilegiando medidas de minimização indissociáveis de políticas de reciclagem, recuperação e reutilização, o Brasil ainda tem que lidar duramente com um crime ambiental, ou seja, a chegada clandestina de lixo estrangeiro pelos nossos portos. Chama a atenção o recente episódio de interceptação nos portos brasileiros de centenas de toneladas de diversas classes de resíduos (domiciliares, hospitalares e perigosos) oriundos da Inglaterra que se passavam por materiais recicláveis. Em 2004, recebemos contêineres com cádmio e chumbo da Itália, da Espanha e dos EUA.
Os fatos repetidos reforçam a urgência da aprovação de um marco regulatório sobre os resíduos sólidos. Nesse sentido, o Congresso Nacional, especificamente, tem uma dívida com a sociedade quanto à elaboração e aprovação das diretrizes para gestão e tratamento adequado dos resíduos. Contudo, a partir de uma importante iniciativa do Poder Executivo – o envio ao Congresso do Projeto de Lei Nº 1991/07, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; e da formação de um grupo de trabalho parlamentar, constituído por parlamentares de diferentes partidos –, o debate foi retomado com coesão e intensidade.
O resultado da ação do grupo de trabalho – por meio de audiências públicas, visitas técnicas e diálogos com o Governo e com setores da sociedade civil organizada – foi a apresentação pública, em Junho passado, de um relatório final indicando as diretrizes e as premissas de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos exequível para a realidade brasileira. Uma visão pioneira que, ao desmembrar o problema do lixo em oportunidades de desenvolvimento de novos negócios e produtos, incentiva processos ecoeficientes, fomenta a inserção social e estabelece o princípio da responsabilidade compartilhada entre a administração pública, o setor produtivo e a sociedade civil organizada.
A proposta em questão insere objetivos, princípios e instrumentos até aqui inéditos, como a análise do ciclo de vida dos produtos, a criação de um sistema de declaração e um inventário nacional de resíduos. Além disso, gestão compartilhada e integrada, planos de gestão (União, Estados e municípios) e gerenciamento (setor empresarial). Também é necessária a disseminação da educação ambiental e, a inserção de cooperativas de catadores propicia fomento de trabalho e renda.
A previsão e a atenção quanto aos resíduos perigosos, bem como as determinações quanto à proibição expressa de destinações inadequadas e a logística reversa, colocam um fim na possibilidade de importação de lixo, vedando expressamente a importação, ainda que para fins de reutilização ou recuperação. Somente se permitirá a importação de resíduos considerados não danosos ao meio ambiente e à saúde pública, por meio de definição por regulamento.
(...)Queremos uma Política Nacional de Resíduos Sólidos definitiva, que seja logo aprovada. (...) Assim, propiciaremos mudanças de comportamento, reduziremos a geração de lixo, aumentando a reciclagem, e impulsionaremos a reutilização de produtos que antes pereciam por séculos, contaminando rios, solos e lençóis freáticos. Com o Governo e o Legislativo trabalhando por um tema que interessa às presentes e futuras gerações, não seremos a lixeira de quem quer que seja.
Você acabou de concluir mais uma etapa no seu percurso de desenvolvimento da escrita acadêmica! Parabéns! Esperamos que você não só faça uso desses conhecimentos só quando estiver circulando na esfera universitária ou educacional, mas sim no seu dia a dia. Lembre-se sempre de nossas discussões, inclusive na hora de redigir uma carta ou um e-mail a um amigo, um recado no orkut ou um bilhete de amor. Isso vai tornar sua comunicação muito mais eficiente!
Nesta aula, você aprendeu que, embora a divisão de um texto em parágrafos seja um processo em parte pessoal, há algumas dicas gerais que podem assegurar clareza e uniformidade àquilo que você que escreve. Costumamos organizar cada parágrafo em torno de uma ideia principal (o tópico frasal), que é desenvolvido por frases subsequentes.
Na hora de definir se uma informação deve iniciar um novo parágrafo ou continuar o anterior, devemos ter em mente que o leitor tende a interpretar como principal apenas uma ideia por parágrafo. Assim, essa divisão vai depender do que queremos enfatizar em nosso texto.
Além disso, vale lembrar que a extensão dos parágrafos varia de um gênero textual para o outro. Textos escritos para serem lidos mais rapidamente tendem a apresentar parágrafos mais curtos e menos densos, o que simplifica e acelera a leitura. Por outro lado, textos acadêmicos, que não só apresentam, mas aprofundam as informações veiculadas, devem apostar em parágrafos que não sejam excessivamente curtos, a fim de poderem justificar, discutir e exemplificar suas ideias.
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Na próxima unidade, vamos estudar a coesão textual, fenômeno que garante a boa relação e a harmonia entre as partes do texto, por meio da conexão entre ideias, frases e parágrafos. Sem a coesão, não escrevemos textos, mas listas de ideias, que saltam de uma para outra de forma abrupta. Não perca, pois, a próxima aula!