Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
(Gilberto Gil)
Fonte: http://www.gilbertogil.com.br/
A internet funciona como um oceano pelo qual a informação contida em texto, som e imagem pode ser navegada, ou melhor, acessada em qualquer computador conectado a essa rede. É por essa razão que dizemos que navegamos na internet.
A internet é considerada por muitos um dos mais importantes e revolucionários desenvolvimentos da história da humanidade. Pela primeira vez no mundo um cidadão comum ou uma pequena empresa pode (facilmente e a um custo muito baixo) não só ter acesso a informações localizadas nos mais distantes pontos do globo como também – e é isso que torna a coisa revolucionária – criar, gerenciar e distribuir informações em larga escala, em âmbito mundial.
Uma rede de computadores é um conjunto de equipamentos em que, a partir de um meio de comunicação, é possível a troca de informações entre eles. Para ser capaz de se comunicar em uma rede, um computador deve ter acesso a um meio de comunicação comum a todos e trocar informações utilizando o mesmo protocolo de comunicações que as outras máquinas. A internet utiliza o TCP/IP.
Existem diversos meios de comunicação, que podem ser classificados como orientados (fios de cobre, fibra ótica) e não orientados (ondas de rádio).
A internet não foi criada junto com os computadores. Quando foi criada, tinha objetivos estritamente militares: a idéia era desenvolver uma rede de computadores que não pudesse ser destruída por bombardeios e que fosse capaz de ligar pontos estratégicos, como centros de pesquisa e tecnologia.
Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos investiram na idéia, advinda dos altos escalões militares, de criar uma rede sem centro. Pela nova estrutura, todos os pontos teriam o mesmo status. Os dados caminhariam em qualquer sentido, em rotas intercambiáveis.
Em 1963, J. Licklider, presidente da Advanced Research Projects Agency (ARPA), uma agência do Departamento de Defesa norte-americano, vislumbrou a possibilidade de computadores fornecerem acesso ilimitado a informações e a outros usuários. Como este tipo de pesquisa exige muitos gastos — computadores caros em todas as universidades e laboratórios financiados pela ARPA —, foram conectados inicialmente os computadores que já existiam nas instituições, fazendo com que uns compartilhassem recursos dos outros, diminuindo os custos. Em 1969, a rede da ARPA — a ARPAnet — já era uma realidade.
Em uma primeira etapa, interligaram-se quatro instituições: a Universidade da Califórnia – Los Angeles (UCLA), o Instituto de Pesquisas de Stanford, a Universidade da Califórnia – Santa Barbara (UCSB) e a Universidade de Utah.
As conexões cresceram em progressão geométrica: em 1971, havia duas dúzias de junções de redes locais. Três anos depois, já chegavam a 62, e em 1981 eram 213.
Em 1983, a rede tinha crescido tanto que acabou sendo dividida em duas: a ARPAnet (com propósitos de pesquisa) e a MILnet (militar). Dois anos depois, a NSF (National Science Foundation) criou a NSFnet, conectando os computadores dos maiores centros norte-americanos de pesquisa. Em 1986, nasceu a internet, com a fusão das redes NSFnet e ARPAnet.
A internet começou a ser usada comercialmente em 1987, mas somente em 1992 surgiram as primeiras empresas que garantiam o acesso à rede.
A World Wide Web (WWW) nasceu em 1991, no laboratório Cern, na Suíça. Seu criador, Tim Berners-Lee, concebeu a WWW apenas como uma linguagem que serviria para interligar computadores do laboratório e outras instituições de pesquisa e exibir documentos científicos de forma simples e fácil de acessar. Mas o que determinou seu crescimento foi a criação de um programa chamado Mosaic, que permitia o acesso à Web num ambiente gráfico, como o Windows. Antes do Mosaic, só era possível exibir textos na Web.
A partir daí, a internet só cresceu.
A "grande rede" é organizada na forma de uma malha. Se você pretende acessar um computador no Japão, por exemplo, não é necessário fazer uma ligação telefônica internacional. Basta conectar-se a um computador-servidor ligado à internet na sua cidade. Esse computador local está conectado a uma máquina em outro lugar. Através de satélites, traça uma rota até chegar ao destino.