Por ser um sistema operacional livre, o Linux não é desenvolvido apenas por uma companhia, como é tão comum imaginar por nossa experiência com outros produtos. Além disso, várias empresas e fundações sem fins lucrativos constroem a sua própria versão - distribuições ou simplesmente distros.
Pelo mundo inteiro, existem centenas de distribuições GNU/Linux.
Esse é um dos pontos mais interessantes: a construção coletiva do conhecimento; esse modelo de elaboração, em que os softwares livres e o Linux estão imersos, é realmente o fator motor de sua evolução em tão poucos anos.
Essas versões têm uma série de características particulares e públicos-alvo específicos, o que as distingue uma das outras, não existindo um Linux perfeito para todos os usuários.
De fato, discutir qual é a melhor distribuição seria algo como “discutir o sexo dos anjos”. Nesse aspecto, talvez o que seja mais relevante, quanto à reputação, seria: quais são as distribuições mais antigas? Ou seja, as que já foram modificadas tantas vezes que delas surgiram vários outros Linux, por exemplo:
Debian -> Knoppix -> Kurumin -> RioEduc Live CD...
Fora os aplicativos e configurações regionais (especificações de idioma, caracteres, fontes... ou como você acha que é um editor de texto em japonês?), cada distribuição também pode vir com sua parte visual modificada, ou melhor, personalizada. É bem comum que temas, logotipos, telas de fundo, tipos de ícones e sua disposição na tela sejam alterados de distribuição para distribuição.
Outro elemento que pode mudar é o gerenciador de janelas. Bem diferente do Microsoft Windows, que tem sua área de trabalho (desktop) padrão com poucas variações quanto ao tipo de interface, o que afeta sua aparência e sua acessibilidade.
Todos os GNU/Linux modernos possuem uma interface gráfica que é suprida por um Servidor X (ou servidor gráfico), que define se há ou não ícones no desktop, como acessar os menus de programas e configurações como as janelas de programas vão ser expostas, teclas de atalho...
Dentre os gerenciadores de janela mais usados estão: KDE, Gnome e QVWM.
O KDE e o Gnome são dois projetos grandes que começaram com um objetivo comum: facilitar a vida do usuário “normal” no GNU/Linux. Justamente por isso cada um deles pode ser instalado com programas específicos.
Esse é um ponto interessante, pois quem usa um Mandriva Linux (baseado em KDE por padrão) não reconhecerá parte dos aplicativos instalados em um Ubuntu Linux (baseado no Gnome por padrão), pois terão nomes diferentes em interfaces diferentes, mas as suas funcionalidades serão compatíveis na maioria das vezes.
Usamos a expressão "por padrão" porque não é obrigatória a vinculação, já que qualquer GNU/Linux pode ser mudado e reconfigurado para usar outro gerenciador de janelas diferente do que é instalado pela distribuição. No caso, poderíamos até mesmo instalar o Gnome no Mandrake de modo a deixá-lo bem parecido esteticamente com o Ubuntu.
Para minimizar o uso da memória no sistema, utilizamos no RioEduc o gerenciador de janelas QVWM com parte dos aplicativos do KDE o que também é válido.