Cerosidade

Cerosidade é um atributo dos solos que apresentam um brilho fosco como o da cera, que pode ser bem observado no plano de ruptura de um bloco, e que se relaciona à formação de películas ou filmes de argila. Esse brilho é resultante de processos de segregações e reorganizações dos constituintes dos solos, resultantes de processos particulares de sua gênese.

Quando o solo seca, ele se contrai e separa-se em blocos. Quando o solo volta a ser umedecido, essas estruturas são reorganizadas; porém, se houver novo período de secagem, ele tornará a separar-se no mesmo plano, onde, por efeito cumulativo, vai se formando uma película de argila (arranjo orientado das partículas), num processo que dura milênios.

RESENDE et alli (2002) observam que a existência de cerosidade, avaliada em conjunto com outras observações, pode indicar a riqueza relativa de nutrientes, pois têm implicação na absorção de nutrientes (por exemplo, pode ser obstáculo para a penetração das raízes nos agregados). Os mesmos autores apontam que a atividade biológica tende a destruir a cerosidade; e que solos bem desenvolvidos em depósitos aluviais que apresentam cerosidade indicam que o local de sua ocorrência não sofre inundações há milênios.

RANZANI (1969), recomenda que a cerosidade seja avaliada, de acordo com sua intensidade, em fraca (constatada por exame minucioso), moderada (perceptível em algumas superfícies expostas) forte (perceptível em todas as superfícies expostas); e também em relação à sua abundância: poça (reveste menos de 25% dos agregados), comum (entre 25% e 50%) e abundante (mais de 50%).

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