A partilha da África e a Conferência de Berlim

África antes da Conferência de Berlim Domínios coloniais em 1880
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A divisão arbitrária da África teve o seu marco com a Conferência de Berlim, que iniciou em 1884 e só terminou no ano seguinte. Dela participaram 15 países: 13 da Europa, Estados Unidos e Turquia. Os Estados Unidos não possuíam colônias na África, mas eram uma potência em ascensão. A Turquia, naquela época, ainda era o centro do extenso Império Otomano. Diversos assuntos foram tratados, mas o principal objetivo foi regulamentar a expansão das potências coloniais na África a partir dos pontos que ocupavam no litoral. A Grã-Bretanha e a França foram as que obtiveram mais territórios, seguidas de Portugal, Bélgica e Espanha. Territórios mais reduzidos foram ocupados pela Alemanha e pela Itália, que haviam entrado há pouco tempo na corrida colonial em virtude de seus tardios processos de unificação nacional. A Alemanha perderia o domínio de suas colônias africanas após a Primeira Guerra Mundial, acontecendo a mesma coisa com a Itália no fim da Segunda Guerra Mundial.

Assim se formou a Nação Africana.

As fronteiras nacionais nasceram da imposição da Conferência de Berlim, um estado orgânico colonial imposto pelas potências colonizadoras partilhando a África sem muitas preocupações quanto ao que já existia. Várias nações, no sentido das formações sociais antigas africanas, passaram a estar reunidas dentro de novas fronteiras. Tribos amigas e inimigas passaram a pertencer ao mesmo espaço colonial.

Assim, nos gabinetes da capital alemã, foram traçadas as fronteiras dos domínios coloniais. No início do século XX, a África estaria completamente retalhada pelos ocupantes imperialistas.

Grã-Bretanha França Portugal Espanha
Alemanha Itália Bélgica Abissínia

Vamos pensar?

Você pode imaginar as consequências para a nação africana depois da criação das fronteiras arbitrárias?

 
       
   
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