Tópico 3: Desenhando objetos de aprendizagem

Objetivo:  Especificar o design do conteúdo de seu módulo, particionando-o e seqüenciando-o como objetos de aprendizagem

3.2 Metodologia para estruturação do conteúdo de seu módulo educacional em objetos de aprendizagem:

  1. Defina o tema central do seu módulo educacional
  2. Efetue a modelagem do aprendiz
  3. Pesquise fontes de conteúdo para o tema escolhido no item 1
  4. Defina o objetivo de aprendizagem terminal a ser alcançado (desempenho final do aprendiz)
  5. Efetue uma análise de tarefas de aprendizagem. Tal análise permite descrever as tarefas de aprendizagem necessárias para se atingir o desempenho final
  6. Efetue uma análise de conteúdo, complementando a análise de tarefas do item 5.  A análise de conteúdo permite definir o quê o aprendiz precisa saber para fazer as tarefas descritas no item 5.  Assim, análise de tarefas e análise de conteúdo se complementam.
  7. A partir da árvore de hierarquias de aprendizado gerada pela análise de conteúdo, identifique possíveis objetos de aprendizagem, tendo em mente os seguintes princípios:

    Princípio 1:  objetos de aprendizagem devem ser unidades didáticas do tipo "stand-alone" ou independentes de contexto

    • O conteúdo de um objetos de aprendizagem deve ser similar em escopo e em sua natureza ao conteúdo de uma aula, de forma a propiciar a aprendizagem e não apenas fornecer informação
    • O conteúdo didático de um objetos de aprendizagem dever ser desenvolvido de forma que ele possa satisfazer a um único objetivo de aprendizado
    • O conteúdo do objetos de aprendizagem deve ser independente de outros conteúdos e deve poder ser combinado com outros para gerar diferentes resultados de aprendizagem
    • A linguagem e o conteúdo devem ser apropriados a uma audiência ampla.
    • A linguagem e terminologia devem ser consistentes para um mesmo assunto/tópico. 

    Princípio 2:  objetos de aprendizagem devem seguir um formato didático padrão

    • Uma taxonomia (por exemplo, a taxonomia de Bloom) pode ser usada para determinar os tipos de conhecimento ou competências que serão ensinadas,  a fim de padronizar tipos de objetos de aprendizagem.
    • Estratégias pedagógicas devem estar embutidas nos objetos de aprendizagem de forma a promover uma aprendizagem eficaz
    • Ao se projetar um  módulo como uma coleção de objetos de aprendizagem relacionados, uma hierarquia de objetos de aprendizagem é criada, com base em um conjunto bem definido de objetivos de aprendizado.  Se objetos de aprendizagem forem compostos de objetos menores, o design instrucional deve refletir uma hierarquia de objetos

    Princípio 3:  objetos de aprendizagem devem ser relativamente pequenos

    • Na fase de design, especificações devem ser criadas para o desenvolvimento do conteúdo. O tamanho de um objetos de aprendizagem é em parte determinado pelas especificações do design instrucional
    • Deve-se manter o tamanho dos objetos de aprendizagem pequenos para permitir o aprendizado flexível e personalizado. Se o design instrucional permite seqüências alternativas aos objetos de aprendizagem, que são equivalentes sob o ponto de vista didático, o aprendiz poderá escolher o caminho de aprendizado preferido, enquanto o design pode manter uma seqüência padrão mais segura
    • Caso um ambiente de aprendizagem colaborativa seja usado, considerar que os objetos de aprendizagem serão as menores unidades gerenciadas por tal ambiente

    Princípio 4:  A seqüência de objetos de aprendizagem deve ter um contexto de aprendizagem

    • Os objetos devem ser orientados aos contextos mais prováveis, e pistas devem ser fornecidas aos aprendizes para aplicarem sua própria experiência
    • O contexto de aprendizagem no qual o objetos de aprendizagem se insere pode ser externo a ele, e apontado através de links para facilitar a sua manutenção

    Princípio 5:  objetos de aprendizagem devem ser rotulados e gerenciados

    • objetos de aprendizagem devem ser criados de tal forma que possam ser armazenados em um repositório e apresentados como unidades didáticas
    • Metadados devem ser gerados para descrever o objetos de aprendizagem.  Para que objetos de aprendizagem sejam usados de forma inteligente, eles devem ser rotulados para se saber o que eles contêm, o que eles ensinam, e que requisitos existem para utilizá-los. Metadados são mais facilmente criados, usando-se um formulário que seja apropriado para os tipos de dados que estão sendo descritos
    • Um conjunto de elementos de metadados pode ser padronizado para descrever os objetos de aprendizagem
    • Ao se criar um esquema próprio de metadados para uso interno de uma organização, é importante que o conjunto de elementos não seja muito grande.  As maiores despesas e atrasos no desenvolvimento de objetos de aprendizagem residem na catalogação e descrição de objetos

    Note que há objetos de aprendizagem compostos e objetos de aprendizagem atômicos (Aobjetos de aprendizagem) :

    • Um objetos de aprendizagem composto, atrelado a um objetivo de aprendizado, agrupa objetos de aprendizagem subordinados, atrelados a sub-objetivos de aprendizado. Ele deve ser estruturado em: Introdução, Sumário e Avaliação. Ele pode agrupar objetos de aprendizagem subordinados do tipo Conceito, Fato, Procedimento,  Processo e Princípio (Taxonomia de Bloom)
    • Um objetos de aprendizagem atômico ou Aobjetos de aprendizagem, atrelado a um objetivo de aprendizado, não possui objetos de aprendizagem subordinados, ou seja, sub-objetivos de aprendizado. Ele deve ser estruturado em Contéudo, Prática e Avaliação. O objetos de aprendizagem atômico só pode ser de um tipo.

    Nota: O módulo educacional que você está desenvolvendo será um objetos de aprendizagem composto dos Aobjetos de aprendizagemS que você vier a definir, com base na sua análise de conteúdo

  1. Especifique os atributos de objetos de aprendizagem e Aobjetos de aprendizagem, conforme as diretrizes abaixo:
  1. Indique a seqüência em que o conteúdo (objetos de aprendizagem e Aobjetos de aprendizagemS) deve ser apresentado, seguindo um padrão, qual seja: dos tópicos mais simples para os mais complexos, ou usando uma seqüência crítica de pré-requisitos, ou começando dos conceitos conhecidos para os desconhecidos, ou usando a relação de causa e efeito, etc.
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