O paradigma de LO traz em si o potencial para a produção de materiais didáticos eficazes em custo, auxiliando na redução do tempo para desenvolvimento dos conteúdos on-line. Entretanto, os princìpios de design instrucional devem estar presentes nas atividades de desenvolvimento de LOs. Consideraremos conteúdos digitais como LO, desde que atendam a certos requisitos.
Para que um LO tenha um impacto didático, ele precisa embutir um planejamento explícito da aprendizagem, ou um DI intencional. Um ID sólido e bem embasado é uma parte crítica do design de um LO reusável. Assim considerados, conforme mencionado anteriormente, que um LO é um recurso digital intencionado a dar suporte ao alcance de um objetivo de aprendizagem. Note-se que há recursos digitais chamados de LOs, quando na verdade eles têm o objetivo de passar informação e não necessariamente de dar suporte ao processo de ensino-aprendizagem. Na realidade, dependendo do contexto, este recurso pode vir a ser um LO ou servir como um componente de algum LO.
LOs tipicamente incluem dois componentes principais diferentes que podem ou não residir no mesmo local - o conteúdo e os metadados. Ambos esses aspectos de LO devem ser considerados durante o processo de DI, de forma que o LO venha a ser eficaz. Os metadados fornecem o contexto de aprendizagem para o LO e são a chave para a sua reusabilidade. O requisito básico de um LO é que ele possa ser reusado em contextos diferentes, e, especificamente em cada contexto-alvo conforme definido em seu metadados.
A granularidade de um LO é definida como o seu tamanho instrucional, um assunto bastante debatido nos dias atuais. . Conforme vimos anteriormente, LOs de um nível mais alto, e que estão associados a um certo objetivo de aprendizagem, agregam ALOs, que estão associados a sub-objetivos de aprendizagem ou objetivos capacitadores. Sob a pesrpectiva do DI, o escopo do objetivo de aprendizagem é que define a granularidade de um LO. Quanto menor a granularidade, e quanto mais específico o objetivo que o LO foi projetado para atingir, maior é a sua reusabilidade, uma vez que o LO poderá ser aplicado em vários contextos de aprendizagem e adaptados a diferentes características de aprendizes. Uma granularidade menor, entretanto, aumenta os custos e as dificuldades de gerenciamento.
Para que um LO seja reusável em diferentes contextos de aprendizagem, ele também precisa existir por conta própria. Ou seja, ele deve ser independente da posição na qual ele foi colocado no contexto de aprendizagem maior. Se um LO é dependente de outros objetos que aparecem antes ou após o mesmo, na seqüência de aprendizagem, ele não é capaz de atingir o objetivo de aprendizagem a que foi proposto por si só. Assim sendo, ele não pode ser considerado um LO, mas, no melhor caso, um recurso na estrutura de um LO maior, talvez envolvendo outros LOs que são necessários para se atingir o objetivo de aprendizagem final.
Finalmente, é importante salientar a preocupação existente com relação a uma série de objetos de informação estão sendo gerados e denominados LOs. Apresentar o conteúdo apenas sem o contexto, sem oportunidades para a prática e sem avaliação não se constitui em aprendizado e não ajuda a retenção de conhecimento. Nosso maior desafio é não deixar que a tecnologia se imponha diante de nossos projetos, Aliás, o que se espera é que ela ajude no projeto e desenvolvimento de LOs que dêem suporte ou melhorem o aprendizado.